cara-de-sonsa
"You can use my skin to bury secrets in..."
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sábado, janeiro 31, 2004

A minha mãe está no hospital.

- Eu pensava que ela estava com falta de ar, partilhamos a asma, mas afinal era uma crise de coluna. Má! Muito má! Ela sentiu-se mal e teve de ir para o hospital e ninguém me disse nada porque não me queriam incomodar.
Para mim incomodo é a minha mãe não estar bem e eu não poder fazer nada para a ajudar.
Uma injecção, um comprimido, uma receita, descanso, pomada e o saco de àgua quente. Eu vou fazendo o que posso para ajudar. Entro em pânico só de pensar que algo pode acontecer à minha mãe.
Se o pilar central da casa vai abaixo as quatro paredes também caem.

cara-de-sonsa sem música


posted by Sofia Ctx | 12:41 da tarde



sexta-feira, janeiro 30, 2004

Não percebo. É daquelas coisas que nunca percebo e com a qual nunca sei lidar. Faço o sorriso arrogante do costume e falo mais baixo porque sei que o tom grave impõe mais respeito, mas por dentro morro de medo e por trás da capa de segurança está sempre a insegurança. Não percebo. Não faz sentido. Só pode ser uma piada de mal gosto. Gozar com a minha cara, deve ser isso. É um teste. Um teste às minhas convicções, à minha segurança, à minha moral, à minha consciência, à minha resistência... Um teste aquilo que sou. Não lido bem com tudo aquilo que se desvia do normal. Sou "autista"...

THE BEST WAY TO PAY YOUR DEBT IS NOT TO SQUANDER YOUR TALENTS BUT TO CULTIVATE THEM!

Sofro do síndrome de caloira.

A tua voz faz-me sentir como manteiga a derreter numa frigideira...

Somos barro moldado nas mãos do tempo.


cara-de-sonsa listens to Sara Tavares: Nha Crecheu


posted by Sofia Ctx | 3:51 da tarde



quinta-feira, janeiro 29, 2004

Achamos sempre que carregamos connosco o peso dos problemas do mundo. Que os nossos problemas são os maiores e os piores só porque nos doem mais. Que os outros estão sempre bem. Que mais ninguém sofre como nós ou têm problemas como os nossos, mas a verdade é que as coisas não se passam bem assim. Mas é inevitável o choque quando ouvimos o que não esperávamos ouvir, quando tomamos conhecimento do sofrimento de outrém. Quando percebemos o quanto as nossas queixas são ridiculas, quando percebemos o quanto somos pessoas pequeninas. Sessão de terapia de grupo. A "consciêncialização". O momento em que percebemos o quanto é fácil para qualquer um dar conselhos e resolver os nossos problemas, mas os seus são sempre impossiveis de resolver. Como é fácil falar, ajudar os outros, ter ideias, agir, mas quando é connosco não fazemos nada, não temos ideias e ficamos calados e vamos ao fundo sem nunca perceber como é que chegámos lá.
A mente é doente, só pode...


cara-de-sonsa listens to Peggy Lee: The very thought of you

The very thought of you and I forget to do
The little ordinary things that everyone ought to do
I'm living in a kind of daydream
I'm happy as a king
And foolish though it may seem
To me that's everything

The mere idea of you, the longing here for you
You'll never know how slow the moments go till I'm near to you
I see your face in every flower
Your eyes in stars above
It's just the thought of you
The very thought of you, my love

The mere idea of you, the longing here for you
You'll never know how slow the moments go till I'm near to you
I see your face in every flower
Your eyes in stars above
It's just the thought of you
The very thought of you, my love


posted by Sofia Ctx | 3:19 da tarde



quarta-feira, janeiro 28, 2004

Dói-me a cabeça. Ando com sono. Estou farta de ler por obrigação. A televisão não funciona. Adormeci porque fiquei a despachar um trabalho até tarde e faltei a um teste. Aquilo está sempre a pingar. Passei a ser a "fazedora" oficial de trabalhos de casa da Teresa. Não tenho assuntos de conversa e estou com preguiça de os inventar. Não sou uma biblioteca, não sirvo como comando de televisão e não sou telefonista. Apetece-me comer rebuçados. Ela não está a imitar a mãe. Não suporto ouvir o David a teclar. Preciso de uma cigarrilha. Quando é que vai parar de chover? Eu realmente não bebo café. Dói-me a cabeça todos os dias. Não me apetece andar de comboio. Estou com medo que o meu trabalho não seja avaliado porque o deixei no cacifo. Quero ver filmes. Cama. Preciso de curar a minha saúde. Tenho saudades... Preciso de fazer cadeiras. Também gosto tanto quando me coçam as costas. Confesso que aprecio a honestidade. O Adão e a Eva não podem ser sempre os culpados. Não como gelo há imenso tempo. Ouvimos sempre com mais paciência pessoas do sexo oposto. Eu gosto de silêncio, não fico incomodada. Tenho espinhas na garganta. Não consigo fazer balões decentes com a pastilha. Estimulo mental. Eu não pedi merda nenhuma. Estou prestes a rebentar. Estou inchada. Bla, Bla, Bla. Cinismo, provavelmente. Faço visitas guiadas à borla. Tenho 30 dias para transferir pontos. Não me apetece ouvir as queixas de ninguém, estou ocupada com as minhas. Gosto que as pessoas façam as coisas discretamente. Música dos anos 80, não! Há coisas que eu realmente nunca estou à espera de ler. Vou comer um chocolate. Não é moralismo, é consciência. Apetecia-me vegetar em frente da televisão. Cabeça vazia. Pensava que era mais cedo. Xixi, cama!


cara-de-sonsa listens to Peggy Lee: Smoke gets in your eyes


posted by Sofia Ctx | 1:43 da manhã



terça-feira, janeiro 27, 2004



And who listens to me?

cara-de-sonsa listens to Nina Simone: Nina's Blues


posted by Sofia Ctx | 11:33 da tarde



segunda-feira, janeiro 26, 2004

Acho que neste momento tanto eu como toda a gente neste país tem uma certa imagem na cabeça e tenho a certeza que todos nós que assistimos à morte de alguém tão jovem em directo nunca nos vamos esquecer disto. Que coisas como estas não voltem a acontecer a ninguém e em lado nenhum.
Deixemos de pensar em remediar as coisas e começemos a evitar que elas aconteçam.


cara-de-sonsa listens to Prodigy: Smack my bitch up


posted by Sofia Ctx | 3:03 da tarde



domingo, janeiro 25, 2004

“Se você disser que eu desafino amor. Saiba que isto em mim provoca imensa dor. Só privilegiados têm ouvido igual ao seu. Eu possuo apenas o que Deus me deu. Se você insiste em classificar meu comportamento de anti-musical. Eu mesmo mentindo devo argumentar que isso é Bossanova, isso é muito natural. O que você não sabe nem sequer pressente é que os desafinados também têm um coração.”



Faziam amor no chão da sala ao pôr-do-sol com as janelas abertas e entre as cordas de instrumentos e as pautas rabiscadas com notas desenhadas a tinta permanente. A brisa tocava-lhes na pele ao de leve e fazia-lhes cócegas, mas nem sempre eles reparavam nisso. Às vezes rebolavam debaixo do piano e brincavam com os pedais. Cantavam ao ouvido um do outro e ela fingia sempre com um sorriso que não percebia quando ele desafinava e ele fazia o mesmo sempre que os dedos magrinhos dela escorregavam nas cordas da viola ou nas teclas do piano.
Ela tinha voz quente e rouca e corria-lhe nas veias a batida que ele lhe tamborilava na pele. A ele o ritmo estava-lhe nos dedos e ela adorava sentir esse ritmo. Era a dupla perfeita. Ele aquecia-a com os dedos e ela com a voz. Ele era bom de ouvido e ela apanhava-lhe o ritmo.
Ele rabiscava nas pautas desenhos que ela não percebia, mas que lhe saíam perfeitos da voz. Eram rabiscos feitos só para ela e ela cantava-os só para ele. Misturavam-se nas pautas, ficavam sempre lá os dois bem juntinhos. Eram pautas com o cheiro do mar salgado que também já lhes tinha deixado o sabor na pele.
Às vezes corriam até à praia e rebolavam nos grãos de areia. Ele fechava os olhos para a ouvir com mais atenção e ela ficava quieta para apanhar melhor o ritmo dele. Esqueciam-se do tempo, perdiam-se no azul infinito e moviam-se ao ritmo da natureza que vivia em cada um. Depois ele deixava-se ficar estendido na areia a fumar um cigarro que ela às vezes partilhava com ele antes de correr para brincar com as ondas do mar sempre sem deixar que o olhar dele a perdesse de vista. Depois voltava para junto dele e deixava que o corpo dele secasse o seu. Voltavam para casa ao nascer do sol e ele acabava sempre por carregar o corpo moreno dela cheio de grãos de areia e colocava-a na cama e rabiscava nas pautas desenhos sobre isso, enquanto ela dormia com os caracóis formados pelo cabelo colados no pescoço e na testa.
Sentava-se então ao piano para contar através das teclas as histórias de amor que a voz dela lhe deixava sempre colada aos ouvidos e que ele gostava de escrever no seu diário formado por pautas que ela não podia ler, mas que a sua voz, só a sua voz tão bem sabia cantar.
Era uma dupla perfeita. Ele sentia o ritmo e ela transmitia esse ritmo. O resto continua em forma de rabiscos nas pautas que ele escreve e ela ainda não aprendeu a ler, mas sempre soube cantar...


cara-de-sonsa listens to Gal Costa: Desafinado


posted by Sofia Ctx | 1:38 da manhã



sábado, janeiro 24, 2004

Cupido, Maria Rita

Eu vi quando você me viu
Seus olhos pousaram nos meus
Num arrepio sutil
Eu vi... pois é, eu reparei
Você me tirou pra dançar
Sem nunca sair do lugar
Sem botar os pés no chão
Sem música pra acompanhar

Foi só por um segundo
Todo o tempo do mundo
E o mundo todo se perdeu

Eu vi quando você me viu
Seus olhos buscaram nos meus
O mesmo pecado febril
Eu vi... pois é, eu reparei
Você me tirou todo o ar
Pra que eu pudesse respirar
Eu sei que ninguém percebeu
Foi só você e eu

Foi só por um segundo
Todo o tempo do mundo
E o mundo todo se perdeu (2x)
Ficou só você eu eu

Quando você me viu...



As pessoas todas pensam nela somente como a filha da grande Elis Regina, mas a verdade é que acho que a têm substimado. Ela está a fazer algo distinto do que a mãe fez e também o está a fazer muito bem. Acho que mais uns anos e explode a força da natureza que eu tenho a certeza que ela partilha com a mãe.


cara-de-sonsa listens to Maria Rita: Cupido



posted by Sofia Ctx | 11:30 da tarde



quinta-feira, janeiro 22, 2004

It is so much harder when we try...

cara-de-sonsa listens to Ben Harper: Another lonely day


posted by Sofia Ctx | 2:23 da tarde



quarta-feira, janeiro 21, 2004

A primeira vez que te vi achei que estava mais uma vez a caminhar, com as defesas em baixo, em direcção a mais um dos meus erros. Quase virei as costas e fui embora, mas teria sido uma terrível falta de educação. Então fiz o meu sorriso pseudo-confiante e caminhei até ti de cabeça erguida.
Ainda hoje quando penso em ti penso no quanto somos parecidos.
Durante aqueles dias estivemos juntos todas as tardes. Eu saía sempre da cama para te companhar num café que nenhum de nós chegou a beber.
Tinhas um olhar tão triste. Tinhas os olhos castanhos claros de quem está habituado a estar sozinho, escondido.
Não eras fiel ao tabaco que fumavas. Baixavas os olhas quando perdias as palavras, tal como eu faço. Tentavas esconder os teus dedos como também eu já tentei esconder os meus. . Partilhávamos os silêncios mais falados que eu já ouvi. Tinhamos um ano em comum e a paixão pela qual ocasionalmente nos cobrimos de negro. Às vezes falavas de maneira amarga, a maneira que aqueles que ainda continuam a cobrir as feridas com pensos rápidos usam. Usávamos as mesmas palavras e observávamos as mesmas coisas. Deste-me conselhos e prometeste ensinar-me aquilo que tu já sabias fazer. Contas-me histórias tuas e pediste-me desculpa daquela maneira igual ao açúcar derretido.
Queria saber música para poder estar agora a escrever uma música para tu tocares em vez de um monte de palavras usadas e sem cor. Queria escrever uma música para conhecer o teu esplendor, para poder partir e levar o teu ritmo comigo. Queria escrever isto numa pauta com desenhos que não estes.
Disseste-me adeus num fim de tarde no inicio do Verão. Disseste adeus, enquanto eu olhava os telhados, sem nunca te despedires. O meu corpo tinha acabado de recuperar o fôlego e ser enxugado quando pela última vez tive o teu nome nas mãos e ouvi a tua voz.


cara-de-sonsa listens to Tori Amos: Northern Lad


posted by Sofia Ctx | 2:07 da tarde



terça-feira, janeiro 20, 2004

Love Has No Pride, Bonnie Raitt

I've had bad dreams too many times,
To think that they don't mean much any more.
Fine times have gone and left my sad home,
Friends who once cared just walk out my door.

Love has no pride when I call out your name.
Love has no pride when there's no one left to blame.
I'd give anything to see you again.

I've been alone too many nights
To think that you could come back again.
But I've heard you talk: "She's crazy to stay."
But this love hurts me so, I don't care what you say.

Love has no pride when I call out your name.
Love has no pride when there's no one left to blame.
I'd give anything to see you again.

If I could buy your love, I'd truly try my friend.
And if I could pray, my prayer would never end.
But if you want me to beg, I'll fall down on my knees;
Asking for you to come back...
I'd be pleading for you to come back...
Begging for you to come back to me.


Love has no pride when I call out your name.
Love has no pride when there's no one left to blame.
I'd give anything to see you again.

Yes, I'd give anything to see you again.


cara-de-sonsa listens to Jane Monheit: Love has no pride



posted by Sofia Ctx | 11:43 da manhã



segunda-feira, janeiro 19, 2004

Li e ri.

cara-de-sonsa listens to Tribalistas: Velha Infância


posted by Sofia Ctx | 7:23 da tarde



domingo, janeiro 18, 2004

Há coisas que não mudam. Afinal parece que a tradição ainda é o que era.
Passámos quase um ano inteiro sem falar ou melhor um ano em que ele já estava acompanhado e já não precisa de mim, já não precisa de chorar no meu ombro porque arranjou substituta e melhor. Mas eu como sou imbecil e fácil continuo sempre disponível, continuo sempre disponível para ouvir as queixas dele a qualquer momento mesmo quando isso implica passar a noite acordada ao telemóvel para assim que o sol nascer sair para ir fazer um teste. Mesmo quando me fodo estou sempre disponivel.
Sinto-me uma fácil, uma vendida, uma puta que não cobra dinheiro, que nunca cobra nada, mas que por muito magoada que esteja está sempre disponível a ouvir mais umas queixinhas e a alimentar o EGO ao menino.
Eu disse-lhe uma vez que nunca esperava receber nada em troca, mas que isso não me impedia de ficar triste de cada vez que não recebo nada. Pois ele não sabe da missa a metade, não sabe o quanto me magoa e não sabe o quanto eu sinto hoje em dia que ele nunca esteve do meu lado quando precisei. Detesto que não cumpram as promessas que me fazem, detesto que sejam incapazes de se lembrar de mim, detesto que digam as coisas só por dizer, detesto ofertas feitas da boca para fora, DETESTO a maneira como sou sempre tratada por ti. Detesto que me trates como uma merdosa incapaz que só serve para ouvir e para falar ao telefone porque tu achas que tenho uma voz gira para te fazer adormecer. Detesto ser tratada com indiferença! Foda-se não quero que te lembres de mim em part-time quero simplesmente que não te esqueças de mim.
Que se fodam os pedestais que caiem todos fácil demais...


cara-de-sonsa listens to Natércia Barreto: Óculos de Sol


posted by Sofia Ctx | 7:06 da tarde



sexta-feira, janeiro 16, 2004

8


cara-de-sonsa listens to Sade: Your love is king


posted by Sofia Ctx | 10:25 da tarde



quinta-feira, janeiro 15, 2004

O segundo trabalho da semana. O segundo dia que fico em casa a ler que nem uma maluca e a traduzir textos e a escrever.
Pelo menos este ano posso dizer que ainda não deixei um único trabalho para entregar, nem nenhum teste por fazer.
Vale a tentativa. Vamos ver como corres isto.


cara-de-sonsa listens to Tori Amos: A sorta of fairytale


posted by Sofia Ctx | 9:06 da tarde



quarta-feira, janeiro 14, 2004

Fomos almoçar juntas. Foi duro, mas amigo que se preze tem de ouvir, tem de saber ouvir tudo o que alguém precisa de deitar para fora. Foi terrível. Fico sempre com a sensação que sou uma menina com a vida muito facilitada e que de modo algum tenho direito de me queixar seja do que for. Fico-me sempre a sentir mal porque não sou tão sofrida e porque não posso minorar esse sofrimento.

Tenho um cartãozinho azul...


cara-de-sonsa listens to Doce: Amanhã de Manhã


posted by Sofia Ctx | 8:43 da tarde



terça-feira, janeiro 13, 2004

11-01-2004

Gostava de retirar os meus textos da página e q o meu registo como membro do forum também fosse retirado, anulado, cancelado o que for possível, SFF!
Obrigada!

12-01-2004

Só foi retirado o último texto por isso gostava mto que resolvessem o assunto pendente que são todos os outros que ainda lá estão e continuo a ver lá o meu nome na lista de membros do forum, só foi cortado o perfil, por isso Sff e mto obrigada!

Sofia CTX

12-01-2004

Antes de mais, olá! Foi assim que a minha mãe me ensionou... boa educação! Mas isso não é para todos, infelizmente.
Quanto ao teu assunto só tirámos o primeiro, porque foi adicionado outro texto. Só vamos tratar disso daqui a um/dois meses altura em que os exames terminares. Sim, há pessoas que não andam só na faculdade... também vão ás aulas!
Se quiseres uma chupeta, também podemos arranjar qualquer coisa, vais é ter de esperar, SFF.
Sem outro assunto de momento... Saudações culturais!

€§£* %«@$#" ~º{}&

Nota: isto foi enviado em meu nome, porque a resposta não foi dada pela associação, mas por mim, a título pessoa. E já agora, está na altura de cresceres...


13-01-2004

Mal educado foste tu, eu fui directa e não faltei à educação a ninguém, pedi tudo sff e agradeci e depois não fales de assuntos que não conheces e não uses a tua arrogancia como educação, de modo algum foste educado. E o e-mail que eu mandei, mandei para a associação e fiz o meu pedido a quem quer que fosse que o lesse.


Sofia CTX

13-01-2004

Pois... directa é uma coisa arrogante é outra! Eu simplesmente baixei ao teu nível. Quanto à tua criancisse... isso já é agudo!
Tu, que és de letras, deves saber que a forma como se diz as coisas pode valer mais do que aquilo que se diz...
Aproveito para te informar que vivemos em democracia, posto isto, parece-me que ainda não há nenhuma legislação que me impessa de falar daquilo que quero. Relativamente à forma como falei, volto a sublinhar, simplesmente baixei ao teu nível. Já agora, não somos (nem sou), estúpido e não precisamos de ler a mesma coisa mais do que uma vez para percebermos o que temos de fazer.
Até à próxima, e fica mais uma vez a opinião: já crescias...



cara-de-sonsa tão bem impressionada que não ouve nada



posted by Sofia Ctx | 8:47 da tarde



domingo, janeiro 11, 2004

17 de Março de 2001
14 de Dezembro de 2002
9 de Janeiro de 2004


- A minha mãe sempre foi muito perspicaz e quando eu estava a acabar o 12º ela avisou-me logo que eu tinha duas opções, continuar a estudar ou ir trabalhar para o campo porque não tinha estudos suficientes para nada. Então lá acabei o 12º, afinal tinha média mais alta do que eu imaginava e quando me candidatei, entrei. Aliás entrei para a primeira opção na 1ª e na 2ª fase.
Obriguei a minha mãe a ir comigo à faculdade para as matriculas, detestei aquele sitio enorme cheio de estranhos. Detestei ter entrado para a faculdade, mas decidi minorar isso fazendo algo que me apetecesse, entrar para a tuna.
Tentei convencer toda a gente que conheci, consegui brainwash duas. Depois o passo seguinte era ter coragem de ir à AE preencher os papéis, morria de vergonha cada vez que lá entrava, mas aproveitei a oportunidade quando estava constipada e sedada o suficiente para não perceber a reacção de ninguém. Preenchi o papel, mal como só eu o poderia ter feito claro.
Fui chamada para a audição. Fiquei com medo de ter de andar a correr nua pelos corredores da Faculdade. Descobri que uma tuna não tinha só três instrumentos e tive medo de deitar o andar de cima abaixo com o meu peso e cantei o Atirei o pau ao gato... Ah e aprendi que nunca nos devemos meter com tunos!
- Entrei e fiquei sem perceber porquê.
- Tive medo de quase toda a gente no dia da "apresentação".
- Arranjei uma caloira metade.
- Perdi-me com o meu irmão em Lisboa quando tentei comprar um traje sozinha, mas depois consegui. A senhora da loja tentou matar-me com a gravata.
- Rasguei as collants a primeira vez que me trajei e rasguei-as antes de sair da casa de banho.
- Quando recebi o meu cartão branco, perdi-o. Encontrei-o depois no chão.
- Quando recebi o cartão preto tive um ataque de falta de ar e tiveram de me ir "raptar" porque eu estava retida num casamento no mato em Espanha.
- O acordeão é pesado e até nem me importo muito de comer com as mãos.
- Umas horas antes ralhei com a Ana L. e disse-lhe ninguém vai receber nada, porque ninguém merece e não falamos mais nisto hoje.

É uma never ending list de quase quatro anos, tudo isto é uma parte migalha na lista de acontecimentos. Coisas boas, coisas más, coisas menos boas e coisas muito boas e muita gente diferente à mistura. Devo tudo isso às pessoas com quem pude partilhar tudo o que partilhei e com quem espero continuar a partilhar muito.
Sai um cocktail especial da casa...

cara-de-sonsa listens to Clã: Bairro do Oriente


posted by Sofia Ctx | 12:04 da tarde



sábado, janeiro 10, 2004

Voltei hoje a dar explicações à bronca da Teresa. Juro que mordi o lábio umas boas cinco vezes para não lhe bater. Claro que basicamente perdi tempo da minha tarde para lhe fazer exercicios do livro porque a Teresa nem sabe distinguir o verbo to have do to be. Se a minha mãe não tivesse dito ao pai da Teresa durante a manhã que eu ía, não tinha lá posto o cu. Detesto aquela sensação de que não estou a fazer nada ou pior o que estou a fazer não está a servir de nada. Enfim...


Fiquei uma hora à porta de casa com medo de entrar por causa do meu pai. Tinha a certeza q nos íamos chatear, mas não chateamos.


cara-de-sonsa listens to Skunk Anansie: Charlie big Potato


posted by Sofia Ctx | 12:44 da manhã



sexta-feira, janeiro 09, 2004

Foi ontem o funeral da Dona Alice. Não estava muita gente, infelizmente as pessoas não sabem apreciar quem merece ser apreciado. A minha mãe fez força para não chorar, eu vi e o meu pai visitou as campas daqueles de quem sente saudades e nunca se esquece. Eu não aguentei e fugi de todos para ninguem ver o que me escorreu pelo canto dos olhos.
Vou ter saudades da Dona Alice, de a ver, de a ouvir, mas sinto-me muito feliz por ter tido o prazer de a conhecer.


cara-de-sonsa listens to Tori Amos: Your cloud


posted by Sofia Ctx | 12:38 da tarde



quinta-feira, janeiro 08, 2004

Tive uma insónia terrível esta noite e fartei-me de pensar como eu não gosto de fazer, mas a minha cabeça tem vontade própria. Sinto hoje pela primeira vez a necessidade de explicar ou tentar, porque provavelmente não o vou conseguir fazer, explicar o que é isto. Porque hoje sei que já não sou só eu que escrevo e leio as minhas próprias palavras, ainda que eu continue a achar isso estranho e porque sei que há quem veja para além das palavras. Há quem conheça os olhos e os gestos, há quem oiça a voz, há quem conheça acções...
Começou com uma dor de cotovelo pós-adolescencia que me bateu forte e por causa das insónias ocupei as noites como as ocupei, sempre aqui. Não escrevo aqui recados para ninguém. Escrevo para mim, porque me apetece, porque tinha de o fazer, porque não tive coragem de dizer o que tinha para dizer, porque saiu assim, porque tenho de tirar da cabeça o que não me sai da cabeça, porque ficou entalado na garganta, porque tive uma ideia, porque sim.
Muitas das vezes nem penso no que escrevo, fica tudo aí em bruto porque sai em bruto, porque é bruto. Aqui sou eu para além da gaja que as pessoas conhecem de vista, mas sem terem a vista completa. Aqui sou o que tiver de ser porque ninguém pode impedir isso.
Nunca escrevi na possibilidade de alguém me ler, mas sempre na necessidade de eu escrever, de deitar tudo cá para fora. Não digo isto de modo algum num tom agressivo, mas gostava que de algum modo isto fizesse sentido sem ter de chocar ou assustar alguém.


cara-de-sonsa listens to Fiona Apple: Slow like honey


posted by Sofia Ctx | 11:52 da manhã



quarta-feira, janeiro 07, 2004

A Dona Alice morreu hoje. Não foi propriamente algo que ninguém esperasse, mas também não é isso que faz com que se aceite tudo com normalidade.
Vou lembrar-me sempre da Dona Alice e vou ter sempre saudades. Vou lembrar-me sempre de a ouvir a gritar com a Fofa que nunca parava quieta, o papagaio, o Jacob que fazia travagens bruscas chamava pelo Rui e respondia aos meus assobios, vou lembrar-me de a ver sentada à janela nos fins de tarde no Verão. Vou ter saudades de ir lá a casa, vou ter saudades de a ver a descer a rua, vou ter saudades de saber que ela está lá ainda que ela vá estar sempre lá.
Há muito tempo que deixei de conversar com Deus, mas a verdade é que sinto agora a necessidade de voltar a falar com ele nem que seja para lhe dizer que sinto tantas saudades das pessoas de cabelo branco que desapareceram da minha vida e eu ainda nem consegui perceber porquê, mas tenho saudades delas todos os dias.



cara-de-sonsa listens to Dead Can Dance: Devorzhum


posted by Sofia Ctx | 11:06 da manhã



terça-feira, janeiro 06, 2004

I'm feeling sick...


cara-de-sonsa listens to Tori Amos: Purple Rain


posted by Sofia Ctx | 10:11 da tarde



segunda-feira, janeiro 05, 2004

Menina Da Lua, Maria Rita

Leve na lembrança
A singela melodia que eu fiz
Pra ti, ó bem amada
Princesa, olhos d'água
Menina da lua
Quero te ver clara
Clareando a noite densa deste amor

O céu é teu sorriso
No branco do teu rosto
A irradiar ternura
Quero que desprendas
De qualquer temor que sintas
Tens o teu escudo

O teu tear
Tens na mão, querida
A semente
De uma flor que inspira um beijo ardente
Um convite para amar


cara-de-sonsa listens to Matia Rita Mariano: Menina da Lua


posted by Sofia Ctx | 1:07 da tarde



domingo, janeiro 04, 2004

As aulas recomeçam amanhã. Lá acabou mais um ano e passou mais um Natal e o tempo não pára. Tic, tac, tic, tac, tic, tac...
A passagem de ano foi normal. Jantámos fora e depois fomos para Lisboa. Fomos até ao Terreiro do Paço, vimos o fogo de artificio, levámos banho de espumante e depois fomos até ao Bairro Alto, a zona de Lisboa que nunca dorme. Mas eu e o David quase estávamos a dormir e por isso não aguentámos muito mais. Andámos pelas ruas apertadas e sempre a subir, cheias de gente, achámos um bar com bancos e ficámos logo por lá e bebemos qualquer coisa. Nem me lembro bem sobre o que é que conversámos. Depois fomos comer pão com chouriço e antes do sol nascer já eu e o David estávamos na cama.
A tia Carla disse ao Francisco no primeiro dia deste ano, "Tens o meu mais valioso diamante..."


Resoluções para 2004:
Vou perder peso. Vou deixar de fumar cigarrilhas, mesmo as Cohiba que eu adoro. Vou controlar os meus vicios. Vou beber menos Coca-Cola e vou comer menos pedras de gelo porque estou farta de ter as amigdalas inchadas. Vou aprender a gerir o meu dinheiro. Vou dedicar-me à faculdade e fazer as minhas cadeiras. Vou cortar na fast food. Vou tentar não ler mais de três livros ao mesmo tempo. Vou ter cuidado com os meus pulmões. Vou deixar de usar a bomba com tanta frequência. Vou fazer amizade com a Braun. Nada de atrasos. Vou deitar pedestais abaixo à pedrada. Vou ouvir Jeff Buckley quando estiver deprimida, Fiona Apple quando estiver com raiva, Elis Regina quando quiser saltar, Keith Jarrett quando quiser escrever e Tori Amos quando quiser pensar. Vou respirar determinação. Vou ver muitos filmes. Vou aprender a não esperar por coisas de quem tenho a certeza que não vou receber nada. Vou usar shampoo para crianças com cheiro a fruta. Vou ganhar batalhas às saudades. Vou continuar a ouvir música sozinha e às escuras, fechada no quarto. Vou manter-me fiel ao cheiro de sempre. Vou melhorar o meu Francês. Vou continuar a andar de bicicleta e a fechar os olhos quando o vento me bater na cara. Vou escrever menos postais. Não vou ficar obcecada com assuntos pendentes. Vou tentar melhorar o que precisa de ser melhorado. Vou continuar a colar coisas nas paredes. Vou deixar de esperar que se lembrem das promessas que me fizeram... Vou continuar a chorar sozinha, sempre sozinha. Vou vestir cor de rosa. Vou usar ténis a maior parte do ano. Vou ver se aprendo qualquer coisa. Vou comer os bolos à mão para depois poder lamber os dedos. Vou cantar na banheira. Vou dormir com a cama cheia de almofadas. Vou deixar a janela do quarto aberta o Verão inteiro. Vou voltar a comer sopa e vegetais. Vou comer fruta com mais frequência. Vou aprender a não comprar sapatos de salto alto com mais de 5 cm's. Vou guardar fotografias a preto e branco. Vou continuar a ser viciada em chocolates. Vou dormir durante a noite e acordar sempre de manhã. Vou dormir na praia. Vou pôr protector solar nas costas sempre antes de adormecer. Vou querer desenhar qualquer coisa na pele e pendurar qualquer coisa na orelha esquerda. Vou dar pontapés às coisas quando explodir. Vou usar ganchos no cabelo. Vou usar a capa preta. Vou apreciar pronúncias de olhos fechados. Vou lembrar-me sempre de algumas caras. Vou festejar sempre o dia 16. Vou ser fada dos tomates no Verão. Vou continuar a gostar de andar de comboio. Vou passear mais por Lisboa. Vou comer chupa-chupas no cinema. Vou adormecer ao telemóvel. Vou passar mais um ano sem tirar o anel que já ganhou raízes no anelar esquerdo. Vou comer croquetes. Vou tentar não destruir tudo o que tem botões. Vou ler na casa de banho. Vou fazer palavras cruzadas. Vou ser menos bruta. Vou achar a minha familia o mais importante da minha vida a cada dia que passa. Vou esperar ansiosamente pelo Natal. Vou parar sempre para fazer festinhas aos cães. Vou continuar a sonhar. Vou procurar por uma Sofia melhor.


cara-de-sonsa listens to Tori Amos: Your Cloud
"Pick out your cloud"


posted by Sofia Ctx | 1:43 da tarde



sábado, janeiro 03, 2004

Agora aquilo sobre o qual aguentei sem falar, mas que me ficou entalado na garganta.
Foi ridiculo, prepotente, arrogante e pretencioso. Não fazia sentido nenhum porque não somos estranhos, ainda que eu aja assim agora contigo, mas tu não mereces mais e não vales o espaço que poderias ocupar na minha mente. Detesto essa tua arrogancia de pensar que as coisas são como são simplesmente por opção tua e que estão sempre todos disponiveis para serem pisados por ti. Não prestas! Mas a mim não me enganas duas vezes. És dissimulado, cinico, hipócrita... Como podes ver nem consigo arranjar um adjectivo que seja com caracteristicas positivas para te qualificar e tenho a certeza que um dia vais pagar e bem caro pela ousadia de pronunciar palavras que valem demais com essa tua boca suja.
Não perdoo mentiras nem pessoas que me usam só porque lhes apetece. O meu pai sempre me disse que sou rancorosa e eu sei que é verdade, mas tu não mereces mais de mim. Foi um desperdicio de tempo o tempo que eu gastei contigo. Evito as palavras que escrevi para ti porque sinceramente me deixam mal disposta, a minha estupidez ao acreditar em ti deixa-me mal disposta. Tenho nojo de ter partilhado tudo o que partilhei contigo, mas provavelmente nunca partilhei nada porque estava sozinha.


cara-de-sonsa listens to Fiona Apple: The way things are


posted by Sofia Ctx | 12:14 da tarde