cara-de-sonsa
"You can use my skin to bury secrets in..."
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sexta-feira, janeiro 31, 2003

Estou tão mal disposta. Adormeci a pensar no M. Puta do caralho, já devia ter aprendido que não se pode pensar em quem não quer que pensemos neles. Aí Sofia, vai-te foder. Desaparece-me da vista. Some-te! Desampara-me a loja.
Tenho a merda da cabeça cansada. Não queria ter adormecido assim. Não queria ter passado a noite com ele na cabeça. Não queria ter adormecido com ele...

P.S. Vou partir a merda do C.D. da Calcanhotto para ñ poder voltar a ouvir aquela música...


cara-de-sonsa listens to Tori Amos: Blood Roses
"I've shaved every place where you've been, boy..."


posted by Sofia Ctx | 3:32 da tarde





“Words endure, Flesh does not...”


Tinha uma colecção de discos de Charlie Parker, que tinha recebido como herança do avô e que guardava na despensa conjuntamente com um gira-discos que tinha achado um dia numa feira. Só os ía buscar em ocasiões especiais. O jazz é música de arrepiar a pele e voluptuosidade e ele só gostava de partilhar isso com quem era especial. Gostava de o partilhar com ela. Ela era especial.
Ela morava longe, mas escrevia-lhe sempre cartas de amor. Às vezes aparecia lá em casa e ele ía buscar os discos do “Bird” para ouvir com ela. Ficavam os dois deitados no chão a ouvir aquelas músicas alucinadas tocadas no saxofone e acabavam os dois também alucinados só com a companhia do reflexo das suas silhuetas frenéticas em simbiose nas paredes.
Depois fumavam tabaco de enrolar porque era o que ela gostava mais, deixava-lhe o sabor na ponta dos dedos. Ele punha-lhe as gotas nos olhos e ela tomava os comprimidos a horas certas. Saíam descalços para o quintal e iam passear para a relva, senti-la sob os pés porque ela faz cócegas. Acabavam quase sempre de corpos enrolados e a rebolar.
À noite subiam para o quarto e partilhavam a cama e o corpo. Beijava-a na testa e dava-lhe a mão. Depois gostava de adormecer com a cabeça na barriga dela onde podia sentir sempre a respiração constante.
Quase nunca a ouvia falar. Escassos frémitos, gemidos, palavras ditas durante o sono, murmúrios... Ela gostava de falar por escrito e dizia tudo nas cartas que lhe escrevia frequentemente. Ela sabia que eram essas mesmas palavras que ele iria guardar para sempre em si e então eram essas as mais importantes e aquelas em que pensava com cuidado. Ela era a tinta que vinha colada às cartas que escrevia para ele e que ele guardava na mesa de cabeceira. Era por ter dito tudo no papel que quando estavam juntos ela ficava calada e ouvia-o falar, só ele. Era a vez dela gozar daquilo que ele era e então ela aproveitava cada momento para não perder nada daquilo que ele era. Ela amava tudo o que fazia parte dele e então queria poder ficar com tudo o que ele lhe dava naqueles momentos. Ela queria tudo o que ele lhe dava sem ela pedir.
Quando lhe queria dizer algo escrevia-lho na pele com a ponta dos dedos ou da língua. Quando ele queria muito ouvi-la falar arranjava uma garrafa de absinto para ela poder beber e depois ouvia-a falar. Tinha uma voz quente e rouca que lhe fazia cócegas nos ouvidos e lhe arrepiava a pele. Falava baixinho e mesmo nessas alturas ele tinha de adivinhar muito do que ela dizia ou ler-lho nos lábios.
Uma semana juntos e depois ela tinha de partir. O corpo cansado assim lhe exigia. Nunca podia ficar muito tempo longe daquele edifício grande e branco, cheio de camas que só ficavam vazias quando os seus donos as abandonavam porque nunca mais iriam poder voltar. Aquele edifício a que se tinha habituado a chamar de casa. Aquele edifício que tinha a morte escondida nos cantos das paredes.
Procurava no saco de plástico algo que lhe pudesse aliviar as dores, mas sabia bem que nada daquilo que lá trazia lhe podia pôr fim às dores. Os comprimidos já não lhe podiam curar as dores. A doença vivia agora e crescia nos seus pulmões. Já tinha chegado à fase das drogas pesadas e de ter de receber tudo por via intravenosa.
Injectava ela sozinha, directamente nas veias, a morfina que a aliviava e que ela trazia sempre escondida na mala. Apertava o braço com o que encontrava mais à mão e depois batia na carne, por cima das veias. Já quase era uma profissional a acha-las. Era como qualquer outro dependente quando começa a ressacar. Fazia tudo escondida na casa-de-banho, como se estivesse a cometer um crime, um pecado. Sentia-se uma réproba.
Mas só usava a morfina quando a dor se tornava demasiado grande para ela conseguir aguentar. Só a usava quando as mãos já não paravam de tremer e sentia a carne por dentro a dilacerar. Só a usava quando já nada mais a podia salvar e então a morfina salvava-a.
Era então que ela sabia que havia chegado a sua altura de partir. O seu corpo dizia-lho e ela fazia as malas.
Partia sempre antes do sol nascer e sem lhe dizer fosse o que fosse. Cumpria sempre um mesmo ritual. Levantava cuidadosamente a cabeça dele de cima da sua barriga e deitava-a sobre a almofada. Saía até ao jardim descalça e enrolava ela mesma um cigarro que fumava lentamente. Caminhava sobre a relva e entrava então em casa para pôr ela as gotas nos olhos e tomar os comprimidos sozinha. Colocava um disco de Charlie Parker no gira-discos e depois acordava-o sussurrando baixinho ao seu ouvido. Deitava o seu corpo sobre o dele e deixavam que os corpos fizessem as despedidas. Às vezes choravam, mas nunca percebiam se era felicidade ou tristeza. Lambiam as lágrimas um do outro e depois deixavam que o suor dos seus corpos secasse. Ele fechava os olhos e fingia que adormecia. Ela beijava-o na testa e partia.
Nunca olhava para trás. Nunca disse adeus.







posted by Sofia Ctx | 12:01 da manhã



sábado, janeiro 25, 2003

Nunca tive muita sorte com os homens que me "escolhem". As coisas acabam sempre mal e com lágrimas no meio, independentemente do quanto eu algum dia gostei deles, se eu tiver gostado deles, claro. Acabo sempre por chorar mesmo quando lhes era indiferente, só porque o meu coração de pedra é uma manteiga e eu fico-me sempre a sentir magoada. No fim fico sempre com saudades porque fica a faltar algo de que eu gostava.
A minha lista de futuras relações frustradas e relações falhadas já começa a ficar extensa. É uma merda esta vida...
Como diz o Nick Cave, "Words endure, flesh does not..." e eu fico aqui com uma vontade do caralho de me fechar mas é no quarto a ouvir a música sensual do saxofone do Charlie Parker enquanto curto a solidão e me lembro da minha lista.
O N., era um palhaço e começou e acabou a pequena participação na minha "peça" como o palhaço que sempre foi. Depois ainda tentou voltar atrás e pediu desculpa e tentou convencer-me de que ainda podíamos ser amigos. Eu fingi que não percebia a língua que ele estava a falar e agora sempre que passo por ele na Faculdade faço um sorriso de quem não esqueceu o quanto ele consegue ser palhaço e viro-lhe a cara. Se calhar podia-lhe agradecer por me ter feito o Verão no mais longo Inverno da minha vida, mas em que pelo menos aprendi muito e perdi 8 kg's e disso eu gostei.
O R., grande paixão platónica. Discutíamos Klimt e ele mandava-me poemas de Pablo Neruda. Telefonava-me de madrugada e dizia-me o quanto gostava da minha voz. Tinhamos uma paixão comum pela Aústria e fizemos planos para partirmos juntos pela Europa. No fim ele disse:
"Gosto da tua voz e do cheiro do teu cabelo, mas não gosto de ti com os olhos..."
Devo ter chorado durante umas boas semanas.
Depois veio ele a minha paixão de sempre e para sempre. Fiz tudo mal, correu tudo mal. Ás vezes ainda tenho saudades dele, mas não quero voltar a falar com ele. O nosso tempo passou. Prefiro guardá-lo como a minha eterna memória perfeita.
Depois o L. que simulava telefonemas de pastelarias e que me fazia rir. O A. que gostava de ver filmes de desenhos animados tal como eu. O M. que de vez em quando ainda me telefona e diz que tem saudades minhas e que nunca me esquece, o pretencioso que diz sempre confiante que um dia ainda vou ser a mãe dos filhos dele. O Frederico que durante meses me telefonou para eu ir ter com ele a casa dele e que tem uma voz linda e usa a barba por fazer como eu gosto e que me despertou algo que estava muito bem adormecido. Hummm, aquele que escrevia tão bem e que me entrou na cabeça à força e cujas palavras eu nunca consigo deixar de ler. Foi uma tarde no deserto... E a lista chega ao fim com o M., aquele que achou que eu era perfeita para o ajudar a curar as mágoas, mas que num fim de semana me soube provar o quanto gostava de mim e que era tudo a sério, mas também um fim de semana passa depressa e uma Sofia é difícil de ficar colada na cabeça de alguém. O que ele fez foi o mais inteligente que podia ser feito agora, mas a desilusão é e será sempre inevitável...
Mas hoje que se fodam os homens porque eu estou é muito bem disposta e se o Nick Cave tiver razão, que se foda porque também eu sou de carne e muita...


cara-de-sonsa listens to Paula Cole: Pearl


posted by Sofia Ctx | 4:49 da tarde



sexta-feira, janeiro 24, 2003

Estive a ver o Trainspotting, foi a quinta vez. Vejo este filme sempre que dá na televisão. Gosto de ver o filme, é passado, é louco, é original... Mas só hoje é que reparei que o gajo tinha uns adidas bordeaux iguais aos meus, ténis bonitos. Eu também gosto de calçar adidas.
Bem me parecia que esta ía ser uma semana de cinema europeu...

Esta alergia nos olhos está cada vez pior e elas estão fartas de gozar comigo e com este meu novo look de ganzada e pior é que ando apática, exausta. Quando acordar vou ao hospital com a minha mãe ou então sigo o conselho irónico da Pinypon, "Vai ao médico só depois de ficares cega." Amanhã resolvo esta alergia manhosa.
Porra do corpo parece que anda a querer ceder, não para de dar sinais de avaria.

Acho que estou prestes a tomar uma decisão importante...

O teste de Literatura Inglesa não foi um sucesso. Fartei-me de ler e estudar, mas na hora H a alergia lixou-me e eu começei a ver tudo tremido. Ainda nem contei essa parte à minha mãe.

Ainda me lembro de alguns details do sonho desta noite, mas gostava mesmo era de não esquecer nada.

- Cof, cof.
- Com licença...
- Parabéns!
- Huh?
- Miri?
- Gracias, embora tenham chegado dois dias atrasados...

- Pois... eu sei que estou atrasada
- Desculpa! Ando a ver mal...
- Estou a brincar.
- Obrigado na mesma.


Não é estranho quando aquela pessoa de quem não é suposto gostarmos não deixa de ter um ar simpático e despreocupado e nos faz devolver sempre sorrisos em troca?
Ela é assim. Um dia explico-lhe, a ele, que gosto do sorriso e do ar despreocupado dela e da maneira como ela me diz sempre olá.

Eu percebo quando as coisas mudam. Eu percebo quando está tudo mudado e nada é como antes.





cara-de-sonsa listens to Nick Cave: Into Your Arms
"But I believe in love and I know you do too."


posted by Sofia Ctx | 2:43 da manhã



quinta-feira, janeiro 23, 2003

PROCURA-SE:
o homem que me apareceu nos sonhos esta noite e me deu um beijo na testa e depois abraçou-me e deu-me a mão e ficou a meu lado até eu adormecer e os seus cabelos tocaram o meu rosto antes de eu adormecer.
Foi visto pela última vez num sonho meu que tive esta noite e que ainda não me recuperei de ter acordado...


"Freedom is when you have nothing left to loose" e vivam as noites de cinema Europeu na RTP2.





cara-de-sonsa listens to My Dying Bride: The cry of mankind


posted by Sofia Ctx | 12:02 da tarde



domingo, janeiro 19, 2003

"Dear SOFIA, here is your Horoscope for January 19, 2003

Your mental clarity is astounding today, SOFIA. You will find that
your pattern of thinking reflects exactly who you are at the core
of your being. The moment you walk out the door this morning, you
will find that your brain eagerly wants to process just about every
thing it sees. This action will give greater assuredness and
insight to yourself, making this a terrific day to stand up and
speak your mind."

Vamos realizar o nosso primeiro encontro de tunas este ano em Maio. Estou nervosa, ansiosa, entusiasmada. Vou trabalhar que nem uma louca para isto.
VAI TUNA!!!!!!!!!!!!!!!







cara-de-sonsa listens to U2: One
"Did I disappoint you or leave a bad taste in your mouth..."


posted by Sofia Ctx | 12:30 da tarde



sexta-feira, janeiro 17, 2003

Para ti:

"O dia, hoje, foi uma taça plena,
o dia, hoje, foi a imensa onda,
hoje, foi toda a terra.

Hoje o mar tempestuoso
nos levantou num beijo
tão alto que estremecemos
à luz de um relâmpago
e, atados, descemos
para submergir sem nos desabraçar.

Hoje nossos corpos se fizeram extensos,
cresceram até ao limite do mundo
e rolaram fundindo-se
numa só gota
de cera ou meteoro.

Entre nós dois se abriu uma nova porta
e alguém, sem rosto ainda,
ali nos esperava."

Los Versos del Capitán, Pablo Neruda






cara-de-sonsa listens to Foo Fighters: Walking after you
"I cannot be without you..."


posted by Sofia Ctx | 4:30 da tarde



quarta-feira, janeiro 15, 2003

"A dor dela por pensar que está doente deixa-me triste... não a quero deixar de maneira alguma aconteça o que acontecer! É a nova razão de viver que eu tenho, é a luz que me ilumina de dia.... é a estrela que me guia de noite........ Doi-me quando leio ela a escrever tristinha no blog dela... doi-me quando a vejo triste, desamparada sem ninguem ao lado dela.... infelicidade que tenho de viver tao longe do meu coraçao e de quem o carrega. Que vontade de estar contigo Miriam, que vontade de te fazer sorrir... que vontade que tenho de adormecer ao teu lado e acordar ao teu lado dia após dia... "

by Miguel







cara-de-sonsa listens to Jorge Palma: O meu amor existe


posted by Sofia Ctx | 9:09 da tarde



terça-feira, janeiro 14, 2003

"Acabou, Miriam. Acabou..."





cara-de-sonsa listens to Sade: Is it a crime
"Is it a crime? Is it a crime that I still want you and I want you to want me too..."


posted by Sofia Ctx | 3:56 da tarde



domingo, janeiro 12, 2003


DESCULPA!
Desculpa se nunca me soube explicar e se não te soube mostrar com funcionavam as coisas aqui. Desculpa se tantas vezes escondi o meu medo atrás de uma cara de má e palavras brutas. Desculpa se tantas vezes fugi e nunca te disse que era porque estava a sentir que estava a perder a capacidade de controlar fosse o que fosse. Desculpa se nunca te soube dizer que me estava a magoar. Desculpa se não te expliquei que as marcas que trago na pele fizeram de mim uma cobarde com medo de acreditar em tudo o que me pareca onírico. Desculpa se pareci insensível quando no fundo só estava com medo que te tivesses esquecido de me dizer que ías partir e não tencionavas voltar. Desculpa se não quis falar daquilo que tenho medo de nunca poder vir a partilhar contigo. Desculpa se nunca soube ser como tu sonhavas!



Aproveito então esta que talvez seja a última oportunidade de te dedicar seja o que for e dedico-te esta música.
cara-de-sonsa listens to Adriana Calcanhotto: Cantada (Depois de ter você)


posted by Sofia Ctx | 5:53 da tarde



sábado, janeiro 11, 2003


Não acredito em coincidências e acho que quando as coisas acontecem sempre da mesma maneira então tem de haver uma razão. Não existem acasos, nem enganos constantes. Não acredito nas desculpas, nem nas justificações.
Então leio palavras que me fazem chorar por dentro acompanho-as de uma boa música e da escuridão do mundo...



cara-de-sonsa listens to Yann Tiersen


posted by Sofia Ctx | 7:12 da tarde



sexta-feira, janeiro 10, 2003


Detesto quando me fazem isto. Quando decidem sair sem mais nem menos da minha vida e nem sequer se despedem.
Sinto-me mal porque não sei de nada, não recebo noticias, porque me sinto abandonada e esquecida, mas desta vez tenho certeza de algo; não fui eu que falhei, mas tu que decidiste partir sem mim e eu não posso fazer mais nada. Não vou poder continuar a correr atrás de ti que decidiste agora fugir de mim, até porque a distância que nos separa me impede de fazer isso.
Talvez um dia tu te lembres de me avisar que afinal tiveste de partir...


A Johny diz que é fácil escrever livros em Portugal. Basta ser-se tia ou intelectual de esquerda. O meu problema é que não sou nem um nem o outro. Segundo ela sou muito radical...


"After he left I cried for a week and then I realised I do have faith. Faith in me. Faith that I will someday meet someone that will be sure I am the one."

Sex & The City




cara-de-sonsa listens to Nick Cave & The Bad Seeds: And no more shall we part


posted by Sofia Ctx | 5:11 da tarde






A médica disse à minha mãe que era altura de ela e o meu pai se imporem e obrigar-me a ir para a natação porque estou a ficar com a coluna deformada por causa da falta de ar.
Não vou para a natação!




cara-de-sonsa listens to Fiona Apple: Carrion


posted by Sofia Ctx | 2:51 da manhã



quinta-feira, janeiro 09, 2003

A Sofia fez-me pensar em algo que eu não queria pensar. Em algo que evito pensar porque eu mesma reconheço o risco. Eu sei que sinto admiração, que o coloquei sobre um pedestal de onde ele nunca poderá cair porque eu não deixo.
Ele é melhor que eu e por muito que isso me intimide também me faz gostar ainda mais dele. Eu gosto dele por aquilo que ele é. Na maior parte das vezes sou sempre eu que falo, mas quando é com ele eu prefiro ouvir que é para não perder nada daquilo que ele é.
Ele é especial e isso faz com que eu goste dele mais do que qualquer outro e faz também com que eu tenha a certeza que nunca outro poderá ocupar o lugar dele até porque eu não deixava. Este lugar aqui é e será sempre só dele!
A Sofia diz que deve ser..., a Sofia diz muita coisa que não devia e que me fica a bater na cabeça.





cara-de-sonsa listens to Garbage: #1Crush
"I would die for you, I would kill for you, I will steal for you, I'd do time for you, I will wait for you, I'd make room for you..."


posted by Sofia Ctx | 11:10 da manhã



terça-feira, janeiro 07, 2003

E não é que a merda do Winamp gosta mesmo de me foder. E eu que nem sabia que tinha esta merda de música. Caralho que tenho todas as músicas que não devia.



cara-de-sonsa listens to Xutos & Pontapés (live)
"Putos que crescem sem se ver. Basta pô-los em frente à televisão."


posted by Sofia Ctx | 12:18 da tarde





Esta é uma daquelas músicas que traz uma cara colada e que por muito que nós rasguemos essa imagem de cada vez que voltamos a ouvir a música lá está a cara outra vez e não foi remendada com fita-cola, I can guarantee that.
Esta música tem o sabor das lágrimas que foram derramadas sobre ela. Esta música para o tempo e faz com que as memórias flutuem. Imagens sobrepostas e com cheiros como os papéizinhos nas perfumarias, , palavras, sonhos, lágrimas que secam sem cair no chão, memórias deixadas na pele e lidas com a ponta dos dedos como se tivessem sido escritas em Braille, luz que caí na escuridão de um par de olhos fechados, batidas pausadas de um coração sem ritmo...
Esta música viaja à velocidade da luz através do nevoeiro e fica sentada entre as pirâmides, a baloiçar no vento de olhos fechados, com as mãos nas mangas e a bater na minha cabeça com um rosto que de certeza não foi remendado a fita-cola.




cara-de-sonsa listens to Tori Amos: Twinkle

Twinkle

Sure that star can twinkle
and you're watching it do
boy so hard boy so hard
but I know a girl
Twice as hard
and I'm sure
said I'm sure
she's watching it too
no matter what tie she's got in her right dresser
tied
I know she's watching that star

gonna twinkle
gonna twinkle
gonna twinkle

and last time I knew
she worked at an Abbey in Iona
she said "I killed a man T
I've got stay hidden in this Abbey"
but I can see that star
when she twinkles
and she twinkles
and I sure can
that means
I sure can

that means
I sure can
so hard
so hard




posted by Sofia Ctx | 12:14 da tarde



domingo, janeiro 05, 2003


Então a Sofia dizia:
"Se é para ficares assim, mais vale acabares já com tudo."




cara-de-sonsa listens to K's choice: Almost happy


posted by Sofia Ctx | 1:17 da tarde



sábado, janeiro 04, 2003


"R/
Torax:

Permeabilidade conservada das áreas pulmonares sem lesões pleuro-parenquimatosas em actividade, nomeadamente especificas.
Boa delimitação das estruturas hilares.
Acentuação moderada da rede bronco-vascular hilobasal.
Cúpulas diafragmáticas em situação normal com abertura ampla dos seios pleurais.
Silhueta cárdio-aórtica sem alterações morfodimensionais."


posted by Sofia Ctx | 11:37 da manhã



quinta-feira, janeiro 02, 2003


Welcome 2003!


posted by Sofia Ctx | 6:43 da tarde