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sábado, janeiro 25, 2003
Nunca tive muita sorte com os homens que me "escolhem". As coisas acabam sempre mal e com lágrimas no meio, independentemente do quanto eu algum dia gostei deles, se eu tiver gostado deles, claro. Acabo sempre por chorar mesmo quando lhes era indiferente, só porque o meu coração de pedra é uma manteiga e eu fico-me sempre a sentir magoada. No fim fico sempre com saudades porque fica a faltar algo de que eu gostava.
A minha lista de futuras relações frustradas e relações falhadas já começa a ficar extensa. É uma merda esta vida...
Como diz o Nick Cave, "Words endure, flesh does not..." e eu fico aqui com uma vontade do caralho de me fechar mas é no quarto a ouvir a música sensual do saxofone do Charlie Parker enquanto curto a solidão e me lembro da minha lista.
O N., era um palhaço e começou e acabou a pequena participação na minha "peça" como o palhaço que sempre foi. Depois ainda tentou voltar atrás e pediu desculpa e tentou convencer-me de que ainda podíamos ser amigos. Eu fingi que não percebia a língua que ele estava a falar e agora sempre que passo por ele na Faculdade faço um sorriso de quem não esqueceu o quanto ele consegue ser palhaço e viro-lhe a cara. Se calhar podia-lhe agradecer por me ter feito o Verão no mais longo Inverno da minha vida, mas em que pelo menos aprendi muito e perdi 8 kg's e disso eu gostei.
O R., grande paixão platónica. Discutíamos Klimt e ele mandava-me poemas de Pablo Neruda. Telefonava-me de madrugada e dizia-me o quanto gostava da minha voz. Tinhamos uma paixão comum pela Aústria e fizemos planos para partirmos juntos pela Europa. No fim ele disse:
"Gosto da tua voz e do cheiro do teu cabelo, mas não gosto de ti com os olhos..."
Devo ter chorado durante umas boas semanas.
Depois veio ele a minha paixão de sempre e para sempre. Fiz tudo mal, correu tudo mal. Ás vezes ainda tenho saudades dele, mas não quero voltar a falar com ele. O nosso tempo passou. Prefiro guardá-lo como a minha eterna memória perfeita.
Depois o L. que simulava telefonemas de pastelarias e que me fazia rir. O A. que gostava de ver filmes de desenhos animados tal como eu. O M. que de vez em quando ainda me telefona e diz que tem saudades minhas e que nunca me esquece, o pretencioso que diz sempre confiante que um dia ainda vou ser a mãe dos filhos dele. O Frederico que durante meses me telefonou para eu ir ter com ele a casa dele e que tem uma voz linda e usa a barba por fazer como eu gosto e que me despertou algo que estava muito bem adormecido. Hummm, aquele que escrevia tão bem e que me entrou na cabeça à força e cujas palavras eu nunca consigo deixar de ler. Foi uma tarde no deserto... E a lista chega ao fim com o M., aquele que achou que eu era perfeita para o ajudar a curar as mágoas, mas que num fim de semana me soube provar o quanto gostava de mim e que era tudo a sério, mas também um fim de semana passa depressa e uma Sofia é difícil de ficar colada na cabeça de alguém. O que ele fez foi o mais inteligente que podia ser feito agora, mas a desilusão é e será sempre inevitável...
Mas hoje que se fodam os homens porque eu estou é muito bem disposta e se o Nick Cave tiver razão, que se foda porque também eu sou de carne e muita...
cara-de-sonsa listens to Paula Cole: Pearl
posted by Sofia Ctx | 4:49 da tarde
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