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quarta-feira, janeiro 21, 2004
A primeira vez que te vi achei que estava mais uma vez a caminhar, com as defesas em baixo, em direcção a mais um dos meus erros. Quase virei as costas e fui embora, mas teria sido uma terrível falta de educação. Então fiz o meu sorriso pseudo-confiante e caminhei até ti de cabeça erguida.
Ainda hoje quando penso em ti penso no quanto somos parecidos.
Durante aqueles dias estivemos juntos todas as tardes. Eu saía sempre da cama para te companhar num café que nenhum de nós chegou a beber.
Tinhas um olhar tão triste. Tinhas os olhos castanhos claros de quem está habituado a estar sozinho, escondido.
Não eras fiel ao tabaco que fumavas. Baixavas os olhas quando perdias as palavras, tal como eu faço. Tentavas esconder os teus dedos como também eu já tentei esconder os meus. . Partilhávamos os silêncios mais falados que eu já ouvi. Tinhamos um ano em comum e a paixão pela qual ocasionalmente nos cobrimos de negro. Às vezes falavas de maneira amarga, a maneira que aqueles que ainda continuam a cobrir as feridas com pensos rápidos usam. Usávamos as mesmas palavras e observávamos as mesmas coisas. Deste-me conselhos e prometeste ensinar-me aquilo que tu já sabias fazer. Contas-me histórias tuas e pediste-me desculpa daquela maneira igual ao açúcar derretido.
Queria saber música para poder estar agora a escrever uma música para tu tocares em vez de um monte de palavras usadas e sem cor. Queria escrever uma música para conhecer o teu esplendor, para poder partir e levar o teu ritmo comigo. Queria escrever isto numa pauta com desenhos que não estes.
Disseste-me adeus num fim de tarde no inicio do Verão. Disseste adeus, enquanto eu olhava os telhados, sem nunca te despedires. O meu corpo tinha acabado de recuperar o fôlego e ser enxugado quando pela última vez tive o teu nome nas mãos e ouvi a tua voz.
cara-de-sonsa listens to Tori Amos: Northern Lad
posted by Sofia Ctx | 2:07 da tarde
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