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sexta-feira, julho 02, 2004
Foi a uma quarta-feira às 9:35m da manhã. Nasci em Évora, 5 semanas antes de tempo, foi a única vez na vida em que fui precoce. O almoço nesse dia foi carne de porco à Alentejana, mas a minha mãe não almoçou nesse dia.
Foi um gravidez de risco por insistência e persistência da minha mãe que tinha perdido há um ano a primeira filha.
Partilhámos as duas o mesmo segundo nome pouco bonitinho, Miriam.O meu pai escolheu o meu primeiro nome e a minha mãe o segundo.
Pesava pouco mais de 2 kg's quando nasci e o meu pai insistiu em dizer que tinha uma filha que pesava dois pacotes de açúcar. A tia Carla que tinha 13 anos e que durante meses guardou o dinheiro do lanche para me comprar livros diz que teve vontade de chorar quando me viu. Diz que eu era tão feia...
A minha mãe foi à consulta de 8 meses de gravidez comigo ao colo. Diz que me tentou vestir um vestido quando saimos da maternidade, mas eu era tão magrinha que escorregava.
O avô Mário aconselhou a minha mãe a atar-me um trapo à volta da cabeça porque eu tinha cabeça de melão. A avó Ana Rosa chorou quando recebeu a noticia.
Sou a Pereia e Cartaxo primogénita desta geração só porque a minha irmã não pode ocupar a posição que lhe pertencia.
Quando nasci era uma bébé escurinha e com muito cabelo. O meu pai sempre disse que eu só podia ser filha da ciganita que estava na cama ao lado. Mas toda a gente diz que eu sou a cara chapada da Isabel e que tenho os olhos do Américo e depois os cabelos brancos que já vou tendo igual à minha mãe, à minha avó, à tia Carla e à minha madrinha não enganam ninguém.
A minha mãe diz que durante o primeiro mês de vida eu só dormia e comia. Ninguém me conseguia ver os olhos. O meu pai diz que foi para compensar a fome que passei dentro da barriga da minha mãe.
Nunca fizemos grandes festas e também não vamos fazer hoje, mas cá em casa nunca ninguém esquece o 2 de Julho e a minha mãe aproveita sempre para fazer o meu bolo preferido.
posted by Sofia Ctx | 10:27 da manhã
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