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sexta-feira, abril 09, 2004

Lisboa Que Amanhece, Sérgio Godinho

Cansados vão os corpos para casa
dos ritmos imitados de outra dança
a noite finge ser
ainda uma criança
de olhos na lua
com a sua
cegueira da razão e do desejo

A noite é cega e as sombras de Lisboa
são da cidade branca a escura face
Lisboa é mãe solteira
amou como se fosse
a mais indefesa
princesa
que as trevas algum dia coroaram

Não sei se dura sempre esse teu beijo
ou apenas o que resta desta noite
o vento enfim parou
já mal o vejo
por sobre o Tejo
e já tudo pode ser aquilo tudo aquilo que parece
na Lisboa que amanhece
(REFRÃO)

O Tejo que reflecte o dia à solta
à noite é prisioneiro dos olhares
ao cais dos miradouros
vão chegando dos bares
os navegantes
amantes
das teias que o amor e o fumo tecem

E o Necas que julgou que era cantora
que as dádivas da noite são eternas
mal chega a madrugada
tem que rapar as pernas
para que o dia
não traia
Dietrichs que não foram nem Marlenes

Não sei se dura sempre esse teu beijo...
(REFRÃO)

Em sonhos, é sabido, não se morre
aliás essa é a única vantagem
de, após o vão trabalho
o povo ir de viagem
ao sono fundo
fecundo
em glórias e terrores e aventuras

E ai de quem acorda estremunhado
espreitando pela fresta a ver se é dia
a esse as ansiedades
ditam sentenças fria-
mente ao ouvido
ruído
que a noite, a seu costume, transfigura

Não sei se dura sempre esse teu beijo...
(REFRÃO)


cara-de-sonsa listens to Sérgio Godinho e Caetano Veloso: Lisboa que amanhece



posted by Sofia Ctx | 6:45 da tarde

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