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sábado, março 27, 2004
Vi ontem o Hable con Ella, finalmente.
Gostei especialmente das cenas da Lydia, Rosário Flores. Gostei daquela mulher que eu não achei bonita, mas capaz de enlouquecer qualquer homem. Mulher forte, toureira a pé. Gostei de a ver na arena da praça de toiros. Gostei de ver aquele ritual dela a vestir-se antes da tourada. A coragem dela ao colocar-se de joelhos com o capote em frente à espera de o toiro que correu com o pelo brilhante e os músculos salientes. Ela a andar com o vento a bater no cabelo e o ritmo do corpo dela. O corpo dela caído coberto de sangue e areia, ela que nasceu igual ao pai e seguiu o seu sonho, a sua paixão que também é a paixão dela. A mulher que sofre pelo amor de um homem. A mulher que deixou tudo para trás e que não volta a entrar naquela casa.
Gostei da história do Marco que chorava quando se emocionava. Chorava nas situações mais estranhas. Gostei da história doentia do Benigno que tinha um amor sem tamanho.
Gostei do contraste entre o corpo moreno da Lydia e o corpo pálido da Alicia, o ballet e os touros, as meias cor-de-rosa remendadas, a música, o touro a entrar na arena, as crenças, as lágrimas, os gritos, as danças, as histórias que se cruzam, as palavras, o desgosto, o desespero, os sacrifícios...
Fiquei com a música na cabeça, a música daquele bailado final em que as mulheres moviam as ancas ao ritmo da música. Fiquei com a música do Caetano e da Elis em mente.
Gostei, mas caiu-me em seco, faltou qualquer coisa. Soube-me a pouco, queria mais. Era capaz de ter passado a tarde inteira a ver aquele filme, a ver os corpos dobrarem-se ao som da música, a ver um homem a chorar porque se emociona, uma mulher sem vida, sentimentos sem medidas... Hable con ella...
cara-de-sonsa listens to Alberto Iglesias: Soy Marco
posted by Sofia Ctx | 9:49 da tarde
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