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domingo, outubro 06, 2002
"Quando tu apareceste eu estava esquecida nos perdidos e achados da vida. Mas sentia-me bem, com a cabeça arrumada. Não sentia falta de nada.
Avisei-te á partida que haver algo entre nós era melhor ter cuidado. Queria viver o presente! Queria esquecer o passado!
Portanto não me acuses da dor que dizes sentir agora. Deixa-me só no meu canto. A vida segue lá fora...
Quando tu apareceste eu estava a sair dos perdidos e achados da dor. Mas sentia-me bem, com o orpo a descansar dos altos e baixos do amor.
Avisei-te á partida que um caso entre nós era sempre perigoso. O meu passado recente tinha sido doloroso.
Portanto não me acuses da dor que dizes sentir agora. Deixa-me só no meu canto. A vida segue lá fora..."
Apetecia-me estar agora na casa baixa e verde, sentada na cadeira de baloiço. Fingir que não estou a reparar no suor que me deixa o corpo pegajoso e que faz com que o pijama se cole. Ficar ali sentada na cadeira de baloiço da avó, no escuro. Só a ouvir o eco que as batidas do relógio fazem nas paredes do corredor dos azulejos que gelam os pés.
Depois deixar as lágrimas correrem livremente enquanto abraço as pernas e me balanço na cadeira de baloiço. Chorar até o cansaço atirar o corpo para o lado.
Vou mandar o questionário. Talvez seja a minha passagem para fora deste mundo. Talvez assim eu possa deixar tudo para trás.
Então o cabrão de merda mandava uma mensagem para o telemóvel e dizia-me:
"És mais bonita do que eu imaginava..."
Filho da puta! Se ele soubesse o quanto eu gostava de lhe poder enfiar estas palavras todas pelo cu acima neste momento, aposto que começava a falar por liguagem gestual.
Foi na madrugada de domingo. Foi uma noite agitada. Começou com o telefonema daquele que agora me trata por sua menina, em seguida veio o desconhecido que me tenta conquistar com palavras, depois os elogios de sempre daquela que me consegue admirar só porque eu sou a Sofia e para acabar a noite em cheio alguém me perguntava:
"O que é que respondias se eu te perguntasse se querias namorar comigo'"
Ainda estou a tentar curar as dores de estomago dessa noite estranha em que as palavras simplesmente não soavam bem...
Hoje fui visitar a nova "escolinha" do André. Ainda me está a doer! Mas não há lágrimas que possam deitar cá para fora o que eu sinto.
De repente ficámos sentados de costas um para o outro e agora estamos a afastar-nos lentamente. Afinal é assim que dói mais.
E eu vou ficando por aqui quieta a contar os passos que ele vai metendo entre nós antes de o perder completamente de vista. Só não sei se isso vai acontecer por causa da distância ou por causa da minha visão toldada pelas lágrimas.
Estou com saudadesdele, muitas. Queria poder pegar no telemóvel e poder passar a noite inteira a ouvi-lo falar. Queria acordar com o barulho que ele faz á noite. Queria poder voltar a sentar-me frente a frente com ele. Queria voltar a seguir o mesmo caminho, lado a lado.
Acho que o que estou a tentar dizer é que não o quero perder nunca e que não quero ter de estar aqui sem ele.
Acho que vou ter de ficar aqui sentada e quieta á espera que ele volte. Tenho fé que ele vai voltar...
Queria ir agora chorar no ombro da Vanda todas as minhas queixas destas duas últimas semanas enquanto ela ouve com atenção e depois diz o que tem para me dizer independentemente do quanto isso me possa doer.
Queria deitar tudo para fora.
O estado de apatia está de volta e aparentemente em força. Os últimos dias têm sido passados a arrastar-me pela casa em pijama. Até já perdi a noção do tempo.
Relembrei á minha mãe as palavras que eu queria esquecer e ela disse que ia já tratar de tudo amanhã. Volto então a admitir a minha insanidade mental.
"Estava muito bem antes de te conhecer", disse ele há já alguns dias, mas eu não consigo tirar esta frase da cabeça. Nem quando me sento em half-lotus e me tento concentrar na respiração...
I rest my case for now...
cara-de-sonsa listens to Lúcia Moniz: A vida segue lá fora
posted by Sofia Ctx | 4:05 da tarde
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