cara-de-sonsa
"You can use my skin to bury secrets in..."
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sábado, julho 27, 2002


Quero o meu homem X. Tenho saudades dele.
Queria voltar a ouvir a tua voz rouca, com a tua pronuncia bonita e a sentir o cheiro das tuas mãos. Dá-me a mão só até eu adormecer...
Sabes, eles não são nada ao pé de ti. Não têm a tua doçura, nem a tua calma. Não me sabem ouvir, nem embalar nas palavras como tu fazias.
Volta só um bocadinho, só para eu poder chorar as minhas mágoas nos teus braços, só para que não tenha de estar a doer sempre. Não aguento mais ter de chorar nesta solidão. Fica aqui comigo! Deixa que pare de doer, por favor! Só por um bocadinho...
Tenho saudades da tua paz, aquela paz que tu me conseguias transmitir, a tua segurança que me dava segurança, a tua paciência... Tenho saudades de passar a manhã na cama a falar contigo de olhos fechados e depois adormecer na tua companhia. Tenho saudades de falar contigo sempre que acordo a meio da noite. Tenho saudades de almoçar enquanto tu falas. Tenho saudades de ficar sentada a teu lado, em silêncio a gozar a paisagem. Tenho saudades de falar contigo ao telefone quando venho no comboio e de me distrair e dizer coisas inconvenientes á frente das pessoas e a seguir ter de fugir enquanto tu me acompanhas com as tuas gargalhadas. Tenho saudades de quando me tentavas agradar com a tua música. Tenho saudades das massagens e do chá. Tenho saudades de quando eras o meu serviço de despertar. Tenho saudades de ter de vestir as collants só com uma mão porque tu me estás a distrair. Tenho saudades de quando me proibias de comer chocolate porque tinhas medo que me fizesse mal e me perguntavas todos os dias se tinha comido chocolate. Tenho saudades de quando fazíamos planos. Tenho saudades de quando ficavas aqui comigo só porque tinhas medo que alguém me magoasse. Tenho saudades de quando pedias para dormir no meu colo e de quando ralhavas comigo porque te tinha deixado estar afastado de mim por algumas horas e que por isso tinhas morrido de saudades. Tenho saudades de quando tinhas saudades minhas. Tenho saudades de quando querias que eu aprendesse a cozinhar para ti. Tenho saudades de quando tínhamos a Áustria como destino. Tenho saudades de quando eras incapaz de me trocar até por dez milhões de camelos. Tenho saudades de quando sonhávamos um com o outro e acordávamos assustados com medo que algo pudesse ter mudado. Tenho saudades daquilo que éramos quando estávamos um com o outro.
Podias voltar e curar esta ferida. Alguém vai ter de a curar. Eu não consigo, os comprimidos não fazem efeito e mais ninguém vai querer correr o risco de curar a ferida que tu abriste. Preciso de ajuda e acho que tenho de o admitir.
De que me servem as memórias na tua ausência? As vezes gostava que elas me tivessem abandonado tal como tu fizeste ou que pelo menos fossem embora com o vento. Gostava que tanta coisa pudesse ser diferente. Gostava que este oito meses tivessem mudado muita coisa. A culpa é minha porque não ocupo o meu tempo e assim continuo a poder pensar em ti, lembrar-me de ti. As vezes, simplesmente, voltas a estar aqui. Eu sempre gostei muito de doces...
Já não choro quando me lembro de ti, nem fico assustada ou desesperada, mas sempre que a solidão volta a bater adormeço nos teus braços...


Cara-de-sonsa listens to Jorge Palma: Essa miúda
“Essa miúda é uma fogueira que acende as noites em qualquer lugar e tu desejas arder com ela enquanto bebes o perfume que ela deita nos seus trapos de cor para te embriagar. Essa miúda é um exagero, diz que sem ti não sabe voar e tu adoras voar com ela enquanto inventas passos novos ela vai arquitectando uma teia para te aconchegar. Essa miúda faz-te acreditar que o sol é um presente que a aurora traz principalmente para ti.”


posted by Sofia Ctx | 4:55 da tarde

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